GESTAÇÃO e GESTÃO

Vivia em Caraguatatuba-SP, com minha família, na casa de meus sogros, dando aulas em Colégios Estaduais e vendendo bala de coco na praia.

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Ao estar numa praça, de bicicleta, vendendo, caiu em minha cabeça uma espiga de sementes. Ao olhar o chão forrado delas, algumas abertas e retorcidas pelo sol, vistosas, em tons de marrons, com um verniz, proporcionando um brilho interessante.

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Comecei a recolher em sacolas plásticas e nisso, um transeunte me perguntou o que pretendia fazer, respondi a ele, olhando para as montanhas da serra do mar: Sorria para a vida que, a vida sorri de volta para você. Nada mais disse a ele, temeroso de ele surrupiar minha idéia. Pode?

Eu pretendia decorar a festa de aniversário de minha filha e ao mesmo tempo fazer artesanato. 

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Tentei colorir as peças, sem êxito. A Decoração da festa ficou agradável. Semanas de estudo e colheita de novas espécies descartadas pela natureza e vários aprendizados.

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Voltei sozinho para São Paulo, casa de meus pais. Minha mãe dizia para, ou procurar emprego ou entrar numa escola para aprender artesanato, insatisfeita com a demora de resultados em minha empreitada. A convivência ficou difícil. Fui morar com um primo no bairro Itaim Bibi.

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Visitando o Shopping Iguatemi para encontrar inspiração, me deparei com uma abelhinha, peça de metais soldados, arame galvanizado, presa por uma haste decorando uma loja. Quiz comprar e a vendedora disse que a ABELHINHA não estava à venda, vieram dos EUA e muitos queriam comprar.

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Bingo! Havia procura, portanto um bom negócio. Comprei arames, duas espessuras, tentei soldar sem sucesso. Um Engenheiro químico não saber soldar, que decepção! Sobrevivia vendendo o que produzia com as coisas descartadas pela natureza.

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Comprei uma mangueira plástica, aquela de fazer cadeiras, conhecida por espaguete, para enfeitar os cabos de cataventos que aprendi fazer e vendia.

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Desenvolvi um protótipo da abelhinha, porém num tamanho muito maior em relação ao visualizado na loja, apenas o corpo, com ligeiras modificações, e estava guardado, quando percebi que daria para encapar o arame com o espaguete.

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Enrolei o arame encapado, coloquei os óculos, e uma mola. Saí vendendo e recebia muitos elogios, entrei numa loja, Terra Madre, na praça Benedito Calixto - SP e obtive uma encomenda!

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Nove meses foi o tempo entre visualizar a peça e a produção da primeira, sempre procurando aprimorar. A produção era lenta, demorava uma semana para eu entregar os pedidos que foram aumentando e eu matutando como ser mais produtivo. Consegui desenvolver ferramentas que proporcionaram a melhoria da qualidade e em quantidade cada vez maior. 

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Passei no concurso para expor na Feira Da Liberdade-SP 

Passei a vender nas lojas Alemdalenda, uma franquia da mesma proprietária da Terra Madre, Heloísa Galves.

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Ingressei na Feira da Liberdade -SP em Julho/2000

Tive, cinco ajudantes. 

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Muitos copiadores, inclusive um na própria Feira da Liberdade que eu não consegui evitar. Hoje o considero o copiador meu VALORIZADOR,  pois quem compra dele ao se deparar com meu trabalho se arrepende de ter comprado antes e alguns até compram de mim também.

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Abelha rainha, minha professora!

A partir dela fui desenvolvendo novos motivos. 

O Móbile Abelhinha é o carro chefe da Feliz Sempre.

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Muito aprendi nestes vinte anos de atuação com artesanato, desenvolvi técnicas e ao mesmo tempo autoconhecimento com minhas indagações sobre a vida. Falarei sobre isso num próximo post.

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Grato por me acompanhar!

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         NO BALANÇO DA ALEGRIA

Móbille Decorativo Abelha Feliz Sempre